sábado, 23 de junho de 2007

Dói-me...

Dói-me chegar ao teatro, acomodar-me e olhar para trás e deparar com inúmeras cadeiras vazias, e perceber que as poucas pessoas presentes são parentes de atores ou atrizes.

Dói-me sentir o quão deve ser ruim ensaiar, ensaiar, errar, virar noites mal dormidas decorando o texto, pra no final do espetáculo pelo qual você tanto se dedicou, enxergar mais o vácuo do que olhos fascinados com o espetáculo.

Dói-me ter que aplaudir com bastante intensidade pra poder compensar todos os sons de aplausos que ali poderiam caber.

Sem mais com tudo a mais.




quinta-feira, 21 de junho de 2007

Publicitário...


Publicitário não come, degusta o produto.
Publicitário não cheira, sente a fragrância.
Publicitário não toca, examina o design.
Publicitário não dá a resposta, cria outra pergunta.
Publicitário não conquista, persuade.
Publicitário não tem destino, tem target.
Publicitário não ouve barulho, ouve ruído.
Publicitário não fala, envia mensagem verbal.
Publicitário não procura endereço, procura praça.
Publicitário não escuta, decodifica a mensagem.
Publicitário não tem idéia, tem brain storm.
Publicitário não recebe resposta, recebe feedback.
Publicitário não tem memória, tem repertório.
Publicitário não lê, decifra o código textual.
Publicitário não pergunta, faz pesquisa.
Publicitário não ouve música, ouve trilha sonora.
Publicitário não tem lista, tem mailing.
Publicitário não copia, se inspira.
Publicitário não vê outdoor, vê mídia exterior.
Publicitário não dirige, faz test-drive.
Publicitário não falece, apenas seu ciclo de vida chegou ao fim.




quarta-feira, 6 de junho de 2007

Já!


Já comecei um texto sem saber como começar; já completei 21 anos; já
quis fugir; já tive 4 festas surpresas; já fui expulsa de sala de
aula; já fui ao cinema sozinha; já ri quando não podia; já chamei um
professor de pai; já fui ao show do Chico Buarque; já fiquei de
recuperação; já tomei um pote de sorvete sozinha; já colei; já fui ao
clube do vaqueiro; já morei em Belém; já comi pato no tucupi; já
dancei carimbó; já finalizei Super Mario Bros duas vezes; já arranhei
um Cd do meu irmão propositalmente; já fingi que estava dormindo; já
desejei mal a alguém; já fui a exposição do Rembrandt; já ganhei
certificados de melhor aluna da sala; já fui diretora cultural do
grêmio escolar; já escrevi inúmeras cartas; já pulei as 3 ondinhas no
mar em ano novo; já fui a festa de despedida sem conhecer a pessoa que
ia embora; já fiz brigadeiro para amigos; já voltei descalça para
casa; já li O código da Vinci; já decorei Faroeste Caboclo do Legião
Urbana; já tomei chocolate quente em Viçosa do ceará; Já cantei em
apresentação da faculdade; já bebi absinto; já tirei carteira de
motorista; já ganhei o cd do Backstreet Boys; já fui a uma aula de
anatomia; já votei para presidente; já fui chamada de Mônica; já tive
escoliose; já dirigi a 121km/h; já fui assaltada; já assisti
"Esqueceram de mim" inúmeras vezes; já torci o pé direito; já comi o
super frango no catatau; já coloquei piercing; já fiquei presa no
elevador; já vi o Paulo Zulu; já ganhei perfume francês; já tomei
tequila; já fui a praia de madrugada; já dormi mais de 13 horas
seguidas; já reli O código de da Vinci; já fumei gudan; já tive
pneumonia; já alarguei a orelha; já plantei feijão em algodão; já tive
insônia; já fiz alguém chorar; já pulei elástico; já roubei no banco
imobiliário; já fiquei amiga de quem não devia; já tomei sorvete em
terminal de ônibus; já andei de barco; já tomei banho de cachoeira; já
pedi autógrafo; já recebi carta pelos correios; já chorei assistindo
"A vida é bela"; já pulei em cama elástica; já andei de jumento; já me
decepcionei consecutivamente; já fiz fotos promocionais de banda;
já quis fazer medicina; já amei. Já fiz tudo isso e muito mais, e sei que tudo está apenas começando.


Inspirado no artigo "Sexo Já!" de Washington Olivetto.



sábado, 2 de junho de 2007

Rembrandt e a arte da Gravura

É, finalmente consegui ir a exposição do Rembrandt.
E eu não sei nem como começar a
falar sobre. Ficar uns 5 minutos olhando uma gravura, totalizando quase 2 horas o apreciando e achando que não olhou tudo direito.
Em cada gravura, uma coisa especial a se notar, tratando-se de uma pintura fina, com traços bastante definidos, Rembrandt consegue despertar até para os não amante da arte, uma comoção a ver suas obras.
Rembrandt Van Rijn é uma das figuras mais importante para a história da arte, tem uma percepção de transpor para as placas de cobre a predominância do uso da luz e sombra como destaque e contrastes e de passar uma grande expressividade aos rostos gravados.
Enquanto muitos pintores usam milhares de cores, Rembrandt precisa apenas da técnica água-forte e ponta seca para fazer de suas gravuras o branco e preto mais belo.

P.s: Essa não é a gravura que mais gosto dele, mas com certeza foi ela que fez com que eu desse aquele sorrisinho torto na exposição.


Rembrandt e a arte da Gravura


- Em cartaz no Espaço Cultural Unifor, de terça-feira a domingo
- Horário: de 10h às 20h
- Até 08 de julho de 2007
- Entrada Grátis