segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Aquelas metáforas (...)

É só uma questão de sentir, transcrever, complicar, confundir, esclarecer e entender (será mesmo?).
As coisas mudaram e como mudaram. De uma forma que não cabe a nenhuma forma geométrica. Pessoas, lugares, bebidas, cheiros, cores, atitudes, horizontes, planos, sentimentos.
Ah! Quer culpar? Joga pra cima desse último ponto que faz com que eu me sinta como uma adolescente de 17 anos. Como se nunca tivesse sentindo, passado por tudo isso. Sem saber como agir, com aquele nó na garganta, aquele engulir a seco, aquele gaguejar, aquela saudade que não mata e nem deseja matar. Com a brisa do vento assanhando meus cabelos sem ao menos me importar se vou ter pente ou uma escova quando chegar em casa.
E era tudo isso que eu (tola por sinal) achava que não ia sentir por um bom tempo (achava e que queria). Mas quem disse que nós temos escolhas enquanto a isso? Simplesmente chega de mansinho, bate na porta, você cautelosa vai com cuidado até ela, fica de ponta de pé, dá uma espiada pelo olho mágico, olha por uma pequena abertura de porta e quando você menos espera (com toda a certeza), a porta se encontra aberta em um ângulo de 90º e você ali, com cara de boba, de braços abertos dizendo: "seja bem-vinda".
E é isso que te incomoda né? Saber que eu abri a porta e não foi pra você(s). Mas entenda (ao menos tente), meus amores, minhas paixões são tudo como bonecas russas. Passa a vida inteira brincando, pensando qual será a última, o que está escondida dentro das outras. Não deve-se ir de uma vez, deve-se ir aos poucos. Abrir uma depois da outra, perguntando-se sempre: "será que é a última?" E é isso que FAÇO e SEMPRE FIZ, fui abrindo cada boneca esperando que fosse a última. Mas até agora consegui ver outras bonecas dentro de outras.


Por: 1ª pessoa do singular



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